Nos últimos meses, fiz algumas leituras com temas bem diversos. A maioria delas foram livros infantis e infantojuvenis. Destaco aqui os últimos cinco que li, quase todos conhecidos do grande público.
O Fantástico Mistério de Feiurinha (Pedro Bandeira)

Clássico de Pedro Bandeira, foi publicado em 1986 e vendeu milhões de exemplares. Conta a história do suposto desaparecimento da princesa Feiurinha, o que causa pânico entre as suas colegas princesas, como Cinderala, Rapunzel e Branca de Neve. Divertida e irreverente, a narrativa ganhou uma adaptação para o cinema, por Xuxa Meneghel, em 2009.
O Reizinho Mandão (Ruth Rocha)

Outro clássico da literatura infantil brasileira. Escrito por Ruth Rocha em 1973, conta a história de um jovem rei que tinha o costume de mandar todo mundo calar a boca. É uma bela alegoria do autoritarismo político e permanece atual, mesmo após quase 50 anos.
Dauzinho (Eva Furnari)

Meu retorno a Eva Furnari, cuja obra conheci por meio de “A bruxinha Zuzu”, quando eu era criança. O protagonista é um garotinho, o Dauzinho, príncipe do reino de Foncé. Aproveitando-se da ausência dos pais, edita sete leis para obrigar todo mundo a se vestir e a se comportar só de um jeito, pois achava que era errado o fato de as pessoas serem diferentes entre si. A mensagem do livro é que o normal é ser diferente.
As Crônicas de Spiderwick (Tony Di Terlizzi e Holly Black)

Na verdade, são cinco livros, mas que contam uma história bastante linear e poderiam facilmente ser reunidos num volume único. As edições estão esgotadas há anos, só sendo possível encontrá-las, com muita dificuldade, em sebos. Levada ao cinema em 2009, a série narra as aventuras dos gêmeos Jared e Simon Grace, e de sua irmã, Mallory, que encontram seres fantásticos na casa para onde acabaram de se mudar. História divertida, mas com um final que deixou a desejar.
Torto Arado (Itamar Vieira Júnior)

Best-seller brasileiro com mais de 100 mil exemplares vendidos, o livro ganhador dos prêmios Leya, Jabuti e Oceanos conta a história das irmãs Bibiana e Belonísia, que vivem em situação análoga à escravidão numa fazenda na Chapada Diamantina, na Bahia. Repleto de crítica social e política, o romance é um marco na literatura brasileira contemporânea.